De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes, existem mais de 13 milhões de pessoas vivendo com a doença no país e esse número tende a aumentar entre os brasileiros. Além de todos os problemas já conhecidos ocasionados pelo mal, como risco de amputações e cegueira, existe uma relação entre as altas taxas de açúcar no sangue e o desenvolvimento de demência.
A doença afeta o metabolismo, fazendo com que a glicose consumida não seja adequadamente absorvida pelas células, resultando na elevação dos seus níveis no sangue. A alta taxa de açúcar no sangue pode provocar danos em órgãos como os rins e trazer também problemas circulatórios. Pacientes com hiperglicemia tem o maior risco de ataques cardíacos ou isquemias. Segundo o neurologista André Lima, em estudos realizados recentemente, foi visto que a saúde do cérebro também padece com o mal. “Os dados sugerem que a glicose alta pode acelerar o envelhecimento dessa parte do corpo também. O mecanismo exato por que isso acontece ainda não se sabe, mas além da diminuição das placas amilóides necessárias ao tecido cerebral, há o risco de complicações microvasculares e isso aumentaria os casos de demências vasculares”, diz Lima.
A endocrinologista da Clínica Neurovida, Letícia Fernandes de Araujo Silva, alerta que o diabetes é silencioso. “Os sintomas são mais evidentes em fases mais avançadas da doença ou em associação com descontrole glicêmico. Fases iniciais ou períodos de bom controle glicêmico, podem ser assintomáticos”, explica. Ela acrescenta que os sinais mais comuns são muita sede, aumento da frequência urinária, perda de peso e diminuição da acuidade visual.
A hereditariedade pode ser determinante, principalmente para casos de diabetes tipo 2, que é o mais comum. Para quem já tem propensão, o estado emocional também pode ser um fator de piora do controle glicêmico, em momentos de estresse elevado. O diabetes não controlado pode evoluir com complicações agudas e crônicas.
Os médicos lembram da importância de se ter um estilo de vida saudável, que envolva manutenção do peso normal, prática de atividades física e alimentação balanceada. Medidas que fazem a diferença, diminuindo a chance de desenvolver a doença. Tudo isso sem se esquecer da hidratação. Pessoas com mais de 60 anos sofrem uma diminuição do número e da sensibilidade de receptores corporais que controlam a sede. Sem perceber, eles sentem menos vontade de beber água, mas o corpo continua necessitando de uma boa quantidade de líquidos para que todo o organismo funcione bem.
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