A Decode, empresa de data analytics do banco de investimentos BTG Pactual, divulgou os resultados da pesquisa “O Legado da Quarentena para o Consumo”, que ao mapear dados do ambiente digital, aponta como o comportamento do consumidor mudou no período, quais setores estão em alta, setores em baixa e as tendências. “Devido à pandemia no país, a população precisou mudar drasticamente os seus hábitos diários e, consequentemente, isso impactou o seu consumo de produtos e serviços”, explica Renato Dolci, sócio do BTG Pactual responsável pela Decode. Entre os setores e produtos que apresentaram alta durante a quarentena, foram monitorados sete tópicos:
1. Entretenimento I. Leitura II. Plataforma de vídeos III. Music Streaming IV. Live Streaming V. Cinema em casa VI. Gaming
Principais destaques: – As buscas por “melhores livros” no Google aumentaram em 27% desde o início da quarentena. – Lives musicais ganharam força com a falta de shows e eventos, tendo mais de 200 milhões de visualizações apenas em abril. O YouTube aumentou seu tráfego em 9% durante o isolamento social. – As pessoas buscaram em média 76% mais por plataforma de streaming (Netflix, Amazon Prime e Globo Play) na quarentena. Com isso, o interesse por home theater e tela de projeção também cresceu. – O universo de gamers também aqueceu na quarentena. As pesquisas por consoles de vídeo game cresceram em média 60%. O maior site de game streaming do mundo aumentou o seu tráfego em 25%, registrando quase 30 milhões de visitas em março.
2. Saúde I. Atividades físicas II. Skin Care III. Produtos de prevenção contra a Covid-19 IV. Farmácias e remédios/calmantes V. Cigarros
Principais destaques: – Produtos relacionados à proteção contra o vírus cresceram substancialmente e tendem a continuar sendo buscados em meio à crise de Covid-19. – As buscas por apps de atividade física cresceram em média 291% desde o início da quarentena. Os apps são utilizados como alternativa aos treinos em academia. – Durante a pandemia, foi identificado um aumento de interesse por cuidados com a pele de 66%. – Os dados do digital indicaram que os consumidores estão navegando mais em sites de venda de remédios. Entre os mais buscados no Google, estiveram os remédios para dormir, gripe/resfriado e diabetes, além de coronavírus.
3. Alimentação I. Cozinha II. Delivery III. O consumo de vinho
Principais destaques: – As pessoas se mostraram mais atraídas por receitas na internet. Tendo isso em vista, observou-se uma crescente procura por eletrodomésticos, como lava-louças, batedeira, cooktop. – Com o fechamento temporário de restaurantes, o delivery de comida tem sido a principal forma desses estabelecimentos comercializarem seus produtos. Houve quase 9 milhões de downloads em apps de delivery entre durante o mês de março. – Junto com a cerveja, o vinho foi a bebida alcoólica mais pesquisada durante a quarentena. Sites de e-commerce de vinho aumentaram o tráfego em cerca de 15% na pandemia. As buscas por “abridor de vinho” cresceram em 40%.
4. Home office I. Plataformas de web meeting II. Acessórios e equipamentos
Principais destaques: – Os dados indicaram que as pessoas buscaram por formas de adaptarem suas casas a um ambiente de trabalho. A busca por ‘cadeira para home office’, por exemplo, aumentou em 280%. – As plataformas de Web Meeting, como Zoom, Teams e Webex, registraram pico de buscas no primeiro mês da quarentena.
5. Cuidados com a casa I. Fabricantes de tinta II. Materiais de reforma e construção
Principal destaques: – Os sites das principais marcas de tinta registraram 1,4 milhão de acessos entre fevereiro e março, um aumento médio de 6%. As buscas por “como pintar uma parede?” cresceram em 56% desde o início da quarentena.
6. Educação I. Cursos online II. Instituições e cursos III. Plataformas de e-Learning
Principais destaques: – Desde o início da quarentena, o volume de buscas por cursos online aumentou em 63% em relação à média de períodos anteriores. – As plataformas de e-learning também ganharam mais força na pandemia. As três plataformas (Udemy, eDX e Coursera) monitoradas cresceram em média 31% entre fevereiro e março, em termos de volume de acessos. – Além disso, o público digital mostrou mais interesse por plataformas de e-learning de idiomas. O volume de buscas por ” curso inglês online ” nos meses de pandemia foi em média 63% maior do que a média registrada em meses anteriores.
7. Beleza I. Beleza masculina II. Beleza feminina
Principais destaques: – À medida em que se passaram as semanas da quarentena, houve um aumento de interesse (cerca de 65% entre fevereiro e abril) dos internautas por “máquina de cortar cabelo”. – Ao monitorar no Google Brasil termos mais relacionados aos cuidados de beleza do gênero feminino, encontraram-se aumentos de interesse de pesquisa nos seguintes termos em abril: como fazer sobrancelha em casa (+1.150%); escova rotativa (+300%); comprar tinta de cabelo (+160%). Já entre os setores e produtos que apresentaram baixa durante a quarentena estão: setor imobiliário, setor automotivo, turismo, seguros e investimentos.
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